A necessidade de reduzir custos, racionalizar processos e aumentar a disponibilidade das estruturas tem feito com que a gestão de facilities seja uma área cada vez mais valorizada no Brasil e no mundo.
Estamos falando sobre a gestão profissional do ambiente construído, que tem como objetivo o planejamento e a operação de processos eficientes, integrando edificações, equipamentos e serviços.
Mas o que significa gestão de facilities na prática? Confira abaixo!
Como fazer a gestão de facilities de uma empresa?
Até pouco tempo, os gestores de facilities (facility manager) se dedicavam exclusivamente a garantir a funcionalidade da infraestrutura predial. “Hoje, outros fatores devem ser levados em consideração, por exemplo, a gestão do espaço do trabalho, o bem-estar e o engajamento dos seus ocupantes”, diz Christian Mina, diretor sênior de gestão de facilities (facilities management – FM) na Cushman & Wakefield Brasil.
“Se antes a preocupação era com o funcionamento do ar-condicionado, hoje, o gestor precisa estar atento não só ao equipamento, mas também à temperatura no local”, complementa.
Essa percepção é compartilhada por Roberto Silva, diretor geral da CBRE para negócios de facilities management no Brasil. Segundo ele, a gestão de facilities saiu do subsolo, como figura de linguagem, e tem assumido relevância na estratégia das corporações.
“Ela tem sido ferramenta importante na cultura organizacional das corporações, com o conceito workplace experience, que é uma evolução do facilities tradicional”, expõe Silva.
Gestor de facilities
Nesse contexto, os focos se voltam ainda mais para o gestor de facilities – que pode ter como formação base as áreas de engenharia, arquitetura, administração e, até mesmo, hotelaria.
“Do ponto de vista comportamental, é um diferencial o profissional com visão de negócios e com excelentes habilidades interpessoais. Ainda mais considerando que o gestor de facilities é quase um embaixador interno na organização, que deve conciliar prazos, custos e necessidades”, comenta Roberto Silva.
O facility manager tem, em seu dia a dia, duas prioridades críticas. “Primeiramente, é preciso saber o que a automação pode fazer em um local de trabalho. Além disso, é necessário ter um plano de ação”, destaca Mina.
“Mais do que conseguir gerir um espaço, o gestor de facilities também precisa ter habilidades como resiliência, clareza ética, trabalhar em equipe e talento para resolver problemas e tomar decisões em um curto espaço de tempo”, continua o executivo da Cushman & Wakefield Brasil.
Serviços mais procurados de facilities
O portfólio de serviços oferecido pela gestão de facilities pode ser dividido em duas categorias: Hard e Soft Facilities Management. A categoria Hard contempla os serviços relacionados à estrutura do edifício, cujo principal objetivo é garantir a segurança e o bem-estar de quem usa o espaço, como:
- Aquecimento
- Iluminação
- Encanamento
- Segurança contra incêndios
- Ar-condicionado
- Manutenções preventivas
Já a Soft são as atividades que tornam o ambiente corporativo mais agradável e seguro, como:
- Segurança
- Limpeza
- Jardinagem ou paisagismo
- Gestão de correspondências
- Recepção e controle de acesso
- Controle de pragas
A centralização de todos esses serviços na gestão de facilities permite uma visão mais abrangente da operação. Quando os serviços estão pulverizados em vários departamentos fica difícil perceber o custo-benefício entre a relevância dos serviços prestados e demanda da empresa.
Principais indicadores da gestão de facilities
Manter todas essas complexas operações em harmonia, com eficiência e racionalização de custos, requer um trabalho minucioso de gestão, que inclui uma série de indicadores para avaliar o desempenho de um edifício.
“Como o mercado de gestão de facilidades está em uma fase de amadurecimento na América Latina, quando comparado a Europa e Estados Unidos, por aqui ainda se utiliza muito o conceito de SLA´s (Service Level Agreement) e KPI´s (Key Performance Indicador) para medição de performance dos serviços”, revela Roberto Silva.
O profissional ressalta, no entanto, que algumas organizações já discutem e implementam conceitos mais inovadores como design thinking e jornada do consumidor. A ideia é deixar de lado um viés de punição na medição de qualidade dos serviços para focar na criação de uma experiência satisfatória de atividades aos colaboradores.
“Com isso, espera-se unir eficiência operacional, alinhamento de expectativas e gerar um ambiente de cocriação”, explica o executivo da CBRE.
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Colaboração técnica
Christian Mina – Diretor sênior deFacilities Management na Cushman & Wakefield Brasil. É graduado em Administração de Empresas pela Universidad Centroamericana (El Salvador) e pós-graduado em Comércio Internacional pela Universidad Autónoma de Madrid (Espanha).
Roberto Silva – Managing Director da CBRE para o negócio de Facilities Management no Brasil. É graduado em administração de empresas, com MBA em estratégia empresarial pela EAESP-FGV e MBA em digital business.