O Índice de Maturidade ACATECH (Academia Alemã de Ciências e Engenharia) é como uma régua que mede o nível de amadurecimento de tecnologia. Ao utilizá-lo, é possível entender o desenvolvimento da empresa e quais caminhos ela precisa percorrer para chegar ao local desejado: por exemplo, se está no nível 1, quais medidas precisa tomar para chegar ao nível 4?
Segundo Junio Warley Bastos dos Santos, líder de Customer Success da Construmarket, trata-se de uma reflexão importante para as empresas que querem evoluir por meio do aprimoramento de seus processos, a fim de minimizar os riscos – como paradas indesejadas – e maximizar os ganhos – como os lucros.
O índice Acatech mede a eficiência e capacidade de operação dos edifícios, dos negócios e até dos produtos. Dentro da indústria, é possível analisar a infraestrutura predial, os processos de produção e de gestão empresarial.
Conforme a evolução e o uso de tecnologia, pode-se utilizar uma ferramenta de previsibilidade de vibração de motor, base de dados de hora-homem ou previsibilidade de eficiência hora-homem. Dessa forma, as tomadas de decisões podem ser mais assertivas – diminuindo os riscos de indisponibilidade das máquinas e aumentando os lucros, por exemplo.
A grande maioria das empresas está caminhando para uma realidade de digitalização, indústria 4.0 e até Smart Building (do inglês, edifícios inteligentes), ressalta Arthur Aikawa, sócio-fundador e CEO da Omni-Electronica. Não acompanhar essa mudança é como ir em uma direção, enquanto o mundo vai em outra, ou seja, é um risco enorme de ficar para trás.
Se estar nivelado com a realidade do mercado é importante para uma indústria, então ela deve ficar atenta para acompanhar e utilizar a evolução da tecnologia a seu favor.
Uma empresa que utiliza computadores, informatização e digitalização para a obtenção de dados encontra-se no nível 1 (Computadorização) do Índice Acatech. Já, quando ela é capaz de unificar os dados e integrá-los com sistemas ou planilhas, está no nível 2 (Conectividade).
A partir do momento em que ela utiliza tecnologia – como a Internet das Coisas (IoT) – para visualizar os dados em tempo real e sincronizá-los com o mundo real, com o objetivo de entender o que está acontecendo ao seu redor e tomar melhores decisões, a empresa sobe para o nível 3 (Visibilidade).
O nível 4 (Transparência) é quando a empresa compartilha seus dados e consegue compreender os impedimentos – como, por exemplo, quando ela libera o acesso da informação da análise de vibração, para que qualquer um esteja apto a tentar entender o problema.
O nível 5 (Capacidade Preditiva) é quando a empresa consegue realizar simulações com base no histórico de dados dos problemas de futuras ocorrências e, dessa forma, agir antes que elas aconteçam. Por exemplo, qual a probabilidade de uma determinada máquina falhar nos próximos dias?
O nível 6 (Adaptabilidade) é quando o sistema já atua automaticamente, dispensando totalmente o trabalho manual, além de simular as condições e se adaptar aos processos.
Atualmente, os níveis 2 (Conectividade) e 3 (Visibilidade) é onde se encontram a maioria das indústrias no Brasil.
Utilizar um sistema de gestão de manutenção – como o Optimus Prime – é uma etapa (nível 2 – Conectividade) do Índice Acatech e um caminho em direção à indústria 4.0.
Os sensores inteligentes podem ser integrados à plataforma, elevando a empresa para o nível 3 (Visibilidade). Eles coletam dados para fazer previsões sobre disponibilidade de equipamentos e rendimento de homem-hora para ajudar a aprimorar checklists e ordens de serviço de manutenções preventivas e corretivas.
Em sistemas de ar-condicionado, por exemplo, a IoT permite o acompanhamento dos dados de forma remota. Assim, é possível, digitalmente, alterar a real temperatura em um espaço, fazer modificações na operação daquela infraestrutura (como aumentar ou diminuir a potência e aumentar a troca de ar com o ambiente externo). Além disso, pode-se controlar a concentração de CO2 do ambiente para não ultrapassar o limite permitido por lei, ressalta Aikawa. Por fim, também pode-se controlar o consumo do ar-condicionado para saber se o equipamento está dentro das metas de gasto de energia da infraestrutura predial.
Um sensor instalado em um sanitário permite acompanhar, à distância, o fluxo de pessoas e disponibilizar essa informação online. Ao interagir com esse dado digital, é possível saber a periodicidade necessária de higienização, reposição de papel e sabonete.
Já, em máquinas e equipamentos, é possível acompanhar as vibrações, a tensão com picos e até as próprias falhas para conseguir prever um problema antes mesmo dele acontecer. Ou seja, a Internet das Coisas permite ter mais dados para análise e previsibilidade.
Em suma, destaca Aikawa, “a IoT permite o acesso digital e à distância das infraestruturas e o uso de várias ferramentas para operação e otimização dos processos (como o Sim+ e o Optimus Prime), para que seja possível não só operar com as informações coletadas, mas também de forma automática.”
Smart Buildings são os edifícios considerados inteligentes por controlarem, de forma automática e com o apoio da tecnologia, todos os seus sistemas, como iluminação, eletricidade, acesso e segurança, por meio de um programa de gerenciamento predial.
Com o uso de tecnologia da internet das coisas, a operação e disponibilização de recursos torna-se mais eficaz, evitando o desperdício de recursos – como água, luz e gás – e aumentando a entrega de valor da infraestrutura ali instalada. O objetivo é, justamente, gastar menos e entregar mais.
Arthur Aikawa – Destacado pela lista Forbes Under 30 de 2019, é Engenheiro Elétrico formado pela Escola Politécnica da USP com dupla diplomação na Technische Universität Darmstadt, Alemanha, onde passou pela Mercedes-Benz e conduziu o desenvolvimento de Hardware em uma Startup de sensoriamento de ambientes alemã. É sócio-fundador e CEO da omni-electronica – startup focada no entendimento da dinâmica de uso e qualidade de ambientes internos com soluções de Internet das Coisas para Smart Buildings.
Junio Warley Bastos dos Santos – é líder de Customer Success da Construmarket. Graduado em Engenharia Eletrônica com ênfase em Automação Industrial.
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