A manutenção volante é uma modalidade de prestação de serviço que visa atender empresas que possuem várias unidades prediais distribuídas por uma determinada região. Trata-se de uma solução indicada para tarefas que, pelo nível de complexidade técnica e de operação das instalações, não justificam a existência de equipes fixas, mas demandam mão de obra especializada.
O escopo pode incluir, por exemplo, serviços esporádicos de limpeza ou serviços gerais, como limpeza de fachadas e áreas envidraçadas, telhados, calçadas, limpeza pós-obra e jardinagem. “As equipes volantes são indicadas principalmente para manutenções preventivas em equipamentos como ar condicionado, elevadores e geradores, e para intervenções periódicas para garantia da qualidade do ar interno”, comenta Andréa Pareja, fundadora da Tower Facilities. Segundo ela, o trabalho volante pode ser interessante também para atividades como limpeza de carpetes e manutenção de filtros de água e de telhados.
Para o contratante, esse tipo de prestação de serviço pode ser altamente vantajoso quando se dispõe de equipes que garantam o padrão de qualidade esperado. Com essa terceirização, o administrador passa a contar com uma estrutura de equipamentos e pessoal técnico capacitado, com custo mais enxuto em comparação à alocação de equipes fixas.
Como melhorar a eficiência da gestão?
A gestão de equipes volantes possui particularidades e desafios a serem superados na busca pela eficiência. Entre eles, está a dificuldade de encontrar pessoal qualificado. “As equipes volantes são compostas por profissionais de alto nível, com conhecimento técnico sólido e postura adequada. Mas, atualmente, o setor vive uma rotatividade de pessoal muito grande, o que acaba prejudicando a formação tanto na qualidade educacional, quanto na aquisição de experiência”, explica Fabrício Rodrigues, gerente de plataforma técnica na Sodexo On-Site.
De modo geral, espera-se que o parceiro de manutenção disponha de profissionais técnicos e especialistas em áreas como hidráulica, elétrica, telecomunicações, obras civis, sistema de prevenção e combate a incêndio e equipamentos de ar-condicionado e refrigeração. “Mas nem sempre é possível encontrar todos os serviços necessários em uma única empresa”, afirma Pareja.
No dia a dia das operações, o gestor de facilidades precisa estabelecer indicadores de entregas e de desempenho para todas as atividades realizadas pelas equipes volantes. “Nesse ponto, uma prática recomendada é instalar um centro de controle para planejar e apoiar na gestão das pessoas, de compras, suprimentos, logística, manutenção, deixando tudo centralizado”, sugere Rodrigues.
Também é salutar a realização de reuniões periódicas com os responsáveis para se certificar que está tudo alinhado e sob controle. “A aproximação do cliente com os terceiros faz muita diferença. É fundamental mostrar o quanto o trabalho de cada colaborador é importante e essencial. Humanizar as relações costuma ser uma medida valiosa para manter o alto desempenho”, continua Pareja.
GESTÃO NA ERA DIGITAL
A digitalização, sobretudo por meio dos softwares de gestão, pode ajudar bastante a elevar a eficiência das equipes de manutenção, agregando mais valor à prestação de serviço. “Nos últimos anos, essa área se desenvolveu muito, tanto com relação ao aumento da oferta de soluções para gestão das instalações, quanto no que se refere à customização dessas plataformas”, afirma Andréa Pareja.
Com o apoio de dispositivos como tablets, celulares, QR Codes e sensores, as plataformas digitais permitiram elevar os controles sobre as atividades, manter as operações em ordem, e reduzir a quantidade de papel. Além disso, elas viabilizaram o armazenamento de documentos em nuvem, de modo que eles possam ser acessados pelas equipes e gestores de qualquer lugar, via web.
“Com os softwares de manutenção podemos fazer o planejamento de operação, uso de KPIs, gestão de ativos, gestão de pessoas, entre outras ações”, comenta Fabrício Rodrigues. O executivo da Sodexo cita, também, os softwares que conversam com o GPS instalado nos veículos utilizados para deslocamento das equipes. “Com esse recurso, conseguimos acompanhar em tempo real a localização dos times e podemos trazer resposta rápida e dinamismo quando precisamos atender um chamado urgente”, revela.
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Colaboração Técnica
Andréa Pareja — Administradora de empresas com mais de 25 anos de experiência em companhias de grande porte multinacionais. É especialista em gestão predial, gestão de obras e de equipes administrativas, multidisciplinares e de facilities. Também é fundadora da Tower Facilities.
Fabrício Rodrigues — Engenheiro eletrônico pós-graduado em engenharia integrada da qualidade, é gerente de Plataforma Técnica na Sodexo On-Site.