No início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, muitas empresas precisaram se adaptar a um modelo de trabalho pouco utilizado pela maioria no país: o home-office. Em 2021, com a adesão da população à vacinação e a diminuição no número de casos e de mortes, algumas empresas decidiram aderir ao regime híbrido: alguns dias em home-office, outros com trabalho presencial.
No próximo ano, a tendência é que o número de empresas adeptas ao novo modelo seja ainda maior. O que, sem dúvida, é um desafio para os gerentes de facilities.
O mundo mudou e as pessoas também. Para o retorno, é preciso uma nova adaptação: das pessoas, do ambiente e da cultura organizacional.
De acordo com Sabrina Espinós, Manager of Real Estate - Projetos, Obras e Facilities no Mercado Livre, é preciso garantir que a empresa siga todos os protocolos da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde. Além disso, é preciso respeitar o decreto de utilização de máscaras faciais e de distanciamento.
Também é necessário ficar atento à limpeza do ambiente e garantir a sanitização com os produtos corretos. Caso a empresa de limpeza seja terceirizada, observe se ela segue todos os protocolos rígidos. É importante aumentar a rotina de limpeza – sobretudo no refeitório e nos banheiros.
Outro ponto crítico é a limpeza do ar-condicionado: ela deve ser feita com a frequência correta. Também é preciso garantir água limpa e potável para todos os colaboradores, medir a temperatura na entrada e disponibilizar álcool gel ou álcool 70% em locais acessíveis a todos.
Quando a pandemia começou, Sabrina conta que o Mercado Livre manteve abertos apenas os escritórios e operações logísticas, enquanto as equipes dos escritórios administrativos trabalharam em home-office. Para eles, o trabalho presencial retornou entre agosto e setembro de 2021.
Antes e após o retorno, a empresa realizou pesquisas com os colaboradores para entender suas expectativas e se adequar à nova cultura dos colaboradores que, por ficarem de home-office por tanto tempo, desenvolveram novos hábitos e valores – como, por exemplo, passar mais tempo com a família e menos tempo no trânsito.
Com o resultado das pesquisas em mãos, a empresa tornou o retorno presencial opcional. Quem quiser, pode trabalhar da empresa até duas vezes por semana mas, para garantir a segurança de todos, é preciso não ter nenhum sintoma típico de Covid-19 nas últimas 24hs.
Para Sabrina, o aspecto mais positivo do retorno presencial foi a satisfação das pessoas ao se reencontrarem: “Não foi uma surpresa, foi uma constatação: pessoas precisam de pessoas… É o brilho no olhar fora de uma tela”, comenta.
Durante a pandemia, o quadro de colaboradores da empresa aumentou, mas o prédio se manteve o mesmo. Por isso, um dos grandes desafios foi adequar a quantidade de pessoas ao tamanho do local. Visando o distanciamento, o Mercado Livre definiu o limite de 50% de colaboradores por dia no presencial. Algumas salas não foram reabertas por não permitirem mais de uma pessoa mantendo a distância mínima recomendada.
Os escritórios também passaram por algumas alterações, como o uso de sinalizações, o bloqueio de cadeiras, a troca de bebedouros, a disponibilização de álcool em gel e a distribuição de kits de self-cleaner. Além disso, houve uma diminuição na capacidade máxima do refeitório e o estímulo ao uso de espaços mais ventilados, como as áreas externas.
É preciso que o Facility Manager participe e opine sobre os aspectos que envolvem o retorno presencial na empresa. Também é muito importante o trabalho em equipe e multidisciplinar, pois o FM vai pensar nos enfoques próprios de sua vertical, enquanto o jurídico, o RH, o marketing e a equipe comercial irão enxergar os pontos de seu dia a dia.
Sabrina orienta que a empresa monte um comitê multidisciplinar, pois, ao unir os diferentes olhares, é possível englobar todos os aspectos relevantes para a organização e enfrentar os desafios com mais informação, dados e inteligência.
Por último, é essencial o envolvimento das lideranças e a realização de pesquisas para entender as expectativas dos colaboradores e respeitar suas vontades. Isso garantirá não só o sucesso do retorno presencial, mas também o baixo turnover, o alto rendimento no trabalho e, consequentemente, os lucros financeiros.
TEXTO: Rafaela Assali
Sabrina Espinós – Arquiteta e Urbanista formada pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) com especialização em Conforto Ambiental e Conservação de Energia e em Gerenciamento de Empreendimentos na Construção Civil.
Foi colocada em 2º lugar entre os melhores trabalhos de Facilities 2019 pela ABRAFAC. Indicada ao prêmio MULHER DE DESTAQUE EM FACILITY MANAGEMENT 2021/2022 pelo Grupo Mulheres em Facility Management e Workplace.
Tem vasta experiência em gestão de Facilities, Obras e Real State e gestão de empresas terceirizadas e prestadoras de serviços em diversos ramos. Experiência em Gestão de Pessoas e entrega de resultados.
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