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Manutenção Corretiva é um tipo de manutenção que toda empresa precisa fazer. Trata-se de qualquer atividade que recoloca alguma coisa – como uma peça, uma máquina ou um componente que quebrou – em funcionamento. Pode ser, por exemplo, um motor ou mesmo a fiação elétrica de um ambiente.
A corretiva se encaixa apenas em sistemas que aceitam a manutenção preventiva. Por exemplo, ninguém faz manutenção preventiva nem corretiva em uma lâmpada: quando ela queima – simplesmente, efetua sua troca. Da mesma forma, não se faz em um sensor. Isso porque o custo dessa manutenção é muito alto e não compensa os benefícios – vale a pena substituir. É essencial que o gestor de manutenção saiba fazer essa avaliação nos demais equipamentos.
Para entender manutenção corretiva, é preciso entender o conceito de falha. Há dois tipos:
Pode-se considerar, portanto, que a falha potencial é como um alerta que avisa que algo não está indo como deveria. E, caso nada seja feito, em algum momento, o sistema vai parar de funcionar de forma definitiva – alcançando a falha funcional.
Graças à falha potencial dar esses avisos de que algo está começando a apresentar defeitos, é possível realizar a manutenção corretiva planejada. Ou seja, você percebe que algo está com problema e monta o Plano de Manutenção Corretiva para corrigi-lo quando chegar o momento necessário. Por exemplo, já deixando comprada uma nova peça, igual a que está apresentando defeito.
Por outro lado, quando um equipamento para de funcionar aleatoriamente e sem aviso prévio, só é possível executar a manutenção corretiva não planejada. Nesse caso, não é possível montar o Plano. Portanto, só quando ocorre a falha funcional é que se começa o planejamento do que será feito para corrigir o sistema e retorná-lo ao estado normal de funcionamento.
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A manutenção corretiva tem um alto custo, implica na parada de produção e gera lucro cessante, ressalta Igor Meneghin, gerente de contas da Construmarket. Além disso, não é possível prever quando o equipamento poderá dar problemas novamente e quanto poderá ser gasto nos próximos meses, pois ela não permite o uso de dados para tomadas de decisão.
Apesar disso, não se pode eliminar 100% das corretivas. Primeiro, porque são muitos itens, componentes e máquinas e, em algum momento, um irá falhar. Segundo, porque o custo de equipamentos necessários seria muito elevado – o que não justificaria o retorno.
Então, como é possível diminuir os gastos com essa manutenção?
De fato, os custos de uma manutenção corretiva são altos: além de mão de obra, materiais e equipamentos, é preciso considerar o lucro cessante – ou seja, o prejuízo ao precisar pausar a produção em uma indústria ou o serviço em um hospital, por exemplo. Em uma manutenção preventiva, também é preciso realizar essa parada, porém é possível escolher o melhor momento – aquele que impactará menos.
Marcos Maran, Sócio-fundador da ABRAFAC -Associação Brasileira de Facility Management, Property e Workplace, defende que é possível controlar os custos da corretiva ao controlar sua quantidade. Para isso, é preciso realizar um bom plano de manutenção preventiva e preditiva. Assim, é possível lubrificar o rolamento de um motor quando necessário, ao invés de esperar ele fundir para corrigi-lo ou substituí-lo depois. “Não se pode deixar a aleatoriedade prejudicar o dia a dia da produção, tornando a falha funcional sempre uma surpresa”, orienta.
Nessa altura, já sabemos que nem sempre é possível planejar a manutenção corretiva. Mas, sempre que for, planeje de forma eficiente. Marcos relata que esse é o principal erro cometido pelos gestores de manutenção e pode ser evitado seguindo alguns passos importantes.
Por exemplo, é preciso deixar os responsáveis cientes do dia e horário que a manutenção será feita. Avise-os com antecedência e informe qual é a urgência. Além disso, certifique-se de sempre levar todas as ferramentas necessárias para a manutenção, pois a corretiva deve ser feita visando retornar ao serviço ou à produção o mais rápido possível.
O segundo erro é fazer essa pressa ao retorno interferir na qualidade da manutenção. Sim, faça o serviço rápido, mas faça bem-feito. Afinal, caso contrário, o sistema apresentará defeito novamente em poucos dias e, então, será preciso parar a produção pela segunda vez.
De acordo com Igor, outro erro que muitas empresas cometem é improvisar a mão de obra. “Na hora que a produção para, chamam a primeira empresa que encontram. Ou o técnico que está livre não é especialista naquela área – o que pode provocar o retrabalho”.
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Durante as manutenções preventivas ou preditivas, com o auxílio de um sensor ou termostato, é possível perceber as falhas potenciais. Por exemplo, conseguimos acompanhar a medição de temperatura e saber quando esta estiver saindo do padrão ideal.
A partir disso, pode-se montar um gráfico de acompanhamento em um software para estudar a curva PF com base nos conceitos do RCM – Reliability Centered Maintenance (do inglês, Manutenção Centrada em Confiabilidade). Assim, você consegue utilizar os dados para tomar decisões sobre quando é melhor programar um ajuste corretivo ou quando é melhor substituir o equipamento por um novo.
A partir de todas as informações, deve-se montar o Plano de Manutenção Corretiva, incluindo quando será realizada a manutenção, quem ficará responsável, os contatos dessa pessoa, os materiais que serão necessários, entre outros tópicos.
Fique atento: há materiais que são importados ou podem estar em falta no mercado. Portanto, podem demorar meses para chegar! Sempre que possível, planeje-se para tê-los em mãos na hora que precisar.
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Marcos Maran – Sócio fundador da ABRAFAC – Associação Brasileira de Facility Management, Property e Workplace, onde exerceu a Presidência Executiva em duas gestões, antes passando pelos cargos de Diretor-Secretário e Diretor-Tesoureiro. É conselheiro da ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos. Colaborador da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas na redação de textos nas áreas de manutenção, operação, ar-condicionado e qualidade do ar. Professor em disciplinas de Manutenção, Modernização de Edifícios, Ar-Condicionado e Qualidade do Ar Interior em MBA’s e cursos de especialização da USP, SENAC, AABIC e ABRAFAC. Sócio-Diretor na MARAN – Gestão De Ativos Físicos
Igor Meneghin – Gerente de contas na Construmarket.
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