Um plano de manutenção preventiva nada mais é do que uma estratégia para evitar paradas de equipamentos ocasionadas por falhas e, consequentemente, prejuízos às operações e acidentes que podem colocar em risco a vida e a saúde dos colaboradores.
Ter conhecimento técnico do equipamento e do seu histórico, uma equipe qualificada e bem dimensionada e um orçamento justo para a execução da manutenção preventiva é essencial para prolongar a vida útil de um ativo e ainda manter sua performance ao longo do tempo.
O checklist é basicamente um protocolo, ou seja, um passo a passo para definir a melhor estratégia de manutenção a ser adotada pelos gestores.
Antes de iniciá-lo, é importante avaliar o ambiente e suas condições, fazer um levantamento minucioso dos equipamentos, do seu regime de operação e da capacitação da equipe.
Confira quais são as etapas importantes que devem ser cumpridas por ele:
O primeiro passo é definir quais itens serão avaliados, sempre tendo como base as recomendações do manual dos equipamentos e da equipe técnica.
O checklist de verificação vai variar de acordo com cada tipo de equipamento.
De acordo com Ricardo Barros, gerente de facilities do Grupo Konecta, a criação de um checklist aderente às necessidades do equipamento e do seu regime de utilização trará mais solidez e assertividade ao plano de manutenção.
É importante levantar quais serão os custos para garantir a aderência ao checklist, o dimensionamento da equipe e a compra do ferramental necessário para executar a manutenção.
Vale lembrar que nesta conta devem ser incluídos os custos trabalhistas, de deslocamento (caso seja necessário), de peças sobressalentes (tais como mangueiras, óleo lubrificante e líquido de arrefecimento, para citar alguns exemplos) e de materiais para trocas (graxas, seladores de rosca e de juntas e abraçadeiras, entre outros).
Ao apresentar o orçamento do plano de manutenção preventiva, é importante ressaltar aos gestores como um planejamento bem feito poderá reduzir custos futuros indesejados e riscos à operação e aos colaboradores.
O tamanho da equipe técnica deve ser dimensionado de acordo com a localização geográfica dos equipamentos, os tempos necessários de deslocamento, a quantidade de máquinas a serem atendidas e a periodicidade definida para cada uma delas.
“É essencial definir a periodicidade para cada atividade estabelecida no checklist, pois isso impacta diretamente no dimensionamento da equipe e, consequentemente, nos custos de operação”, diz o gerente.
O próximo passo é atribuir as responsabilidades de cada profissional ou de cada departamento que irá atuar no plano de manutenção preventiva.
Esse cuidado permite que a execução da estratégia aconteça de forma mais fluida, evitando entraves técnicos e burocráticos.
Os profissionais contratados devem se responsabilizar pelas compras de itens, pela garantia da execução dos serviços dentro do cronograma planejado e pela capacitação e atualização contínuas das equipes de serviço.
Para garantir o sucesso do plano de manutenção, é preciso contar com uma liderança capaz de acompanhar com eficiência os resultados e o andamento das atividades.
Cabe a esse profissional fazer feedbacks constantes com a equipe, seja para melhorar a efetividade do plano, para corrigi-lo ou para manter um processo de melhoria na sua execução.
Com o plano de manutenção preventiva definido, é possível acompanhar alguns indicadores, tais como:
– Tempo médio entre as falhas;
– Tempo de atendimento por equipamento;
– Tempo de atendimento por profissional;
– Custos de manutenção por equipamento.
Essas informações serão de grande valia para medir a qualidade do projeto, a aderência ao orçamento e a qualidade da equipe de atendimento.
“Com esses dados em mãos, é possível direcionar novos investimentos e fazer ajustes em todo o plano, seja nos critérios de checklist, no dimensionamento da equipe ou na implantação de boas práticas ao comparar equipes e atividades similares”, explica Barros.
Alguns deslizes podem prejudicar a efetividade do plano de manutenção preventiva. Entre eles estão a desatenção comas condições do ambiente, a não verificação dos manuais e das recomendações do fabricante, a supressão do histórico de defeitos do equipamento e os erros no cálculo do tempo de correção antes que as falhas ocorram.
Esses “furos” na estratégia podem causar a interrupção do funcionamento do equipamento, prejudicar as operações e ainda impactar o orçamento com o aumento inesperado nos custos do planejamento.
“Mais a consequência mais grave é colocar em risco a saúde ou a vida dos colaboradores e dos manutencistas”, observa Barros.
Investir em um software de manutenção preventiva é uma boa opção para evitar esses erros.
“O software de manutenção usa a ciência de dados e a análise preditiva para estimar quando as peças e os equipamentos podem falhar e quando o técnico deve fazer a manutenção corretiva programada antes que isso prejudique o negócio”, explica Barros.
A plataforma Optimus, da Construmarket, por exemplo, permite ao gestor montar um plano de manutenção preventiva informando a periodicidade estabelecida para cada serviço ou equipamento uma única vez.
“A periodicidade é automática, basta informá-la ao sistema uma vez só e ele produzirá os alertas das datas para a realização da manutenção”, conta Igor Godoy Meneghin, gerente de contas da área de facilities e manutenção industrial da Construmaket.
Com essa ferramenta, é possível cadastrar um checklist para cada item do plano de manutenção.
“O checklist pode ser definido previamente pela empresa, mas o Optimus oferece alguns modelos prontos, o que agiliza bastante a implantação do plano de manutenção preventiva”, completa Meneghin.
A estabilidade e a confiabilidade dos alertas de notificação são algumas das principais características da plataforma.
O Optimus também pode ser usado com eficiência no modo off-line e ainda cadastra todos os manuais dos equipamentos, agilizando o acesso das equipes a todas as informações técnicas necessárias para a execução das suas tarefas.
Todos os ativos se deterioram com o uso, e a manutenção, quando não planejada, pode ser até nove vezes mais cara do que a manutenção planejada.
Com um bom plano de manutenção preventiva, combinado ao uso de ferramentas digitais eficientes, é possível acompanhar a evolução de um defeito ao longo do tempo, avaliar sua tendência de degradação e escolher o melhor momento para aplicar as ações de correção antes que falhas ocorram.
TEXTO: Gisele Cichinelli
Igor Godoy Meneghin – gerente de contas da área de facilities e manutenção industrial da Construmaket
Ricardo Barros – gerente de facilities do Grupo Konecta
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